Tarifas-base de 10%

Embora Donald Trump tenha revertido a maior parte das tarifas anunciadas em 2 de abril, manteve inalterada a alíquota-base de 10%, em vigor desde 5 de abril. A medida trouxe um alívio temporário para dezenas de parceiros comerciais que haviam sido afetados por tarifas variando entre 11% e 50% na semana anterior. Ainda assim, a manutenção dessa tarifa-base representa um obstáculo relevante. Embora possa reduzir o risco de um choque recessivo imediato, ela não elimina ameaças estruturais mais profundas — como a incerteza nos mercados, o aumento dos custos e o enfraquecimento das condições de investimento — que continuam pesando de forma significativa sobre a economia.

Tarifas mais alta para a China

A China continua sendo a principal exceção à recente decisão do presidente Donald Trump de suspender novas tarifas. Enquanto a maioria dos países recebeu um alívio temporário, as tarifas sobre produtos chineses foram drasticamente elevadas — com a taxa saltando para 125% a partir de 9 de abril. Essa medida representa uma nova escalada no prolongado conflito comercial entre Estados Unidos e China. As tarifas recíprocas praticamente dobraram os custos de importação, intensificando as pressões inflacionárias e aumentando os gastos das empresas com insumos. A guerra comercial não apenas persiste — ela está se intensificando, trazendo riscos significativos e duradouros para as cadeias globais de suprimento e para os investimentos internacionais.

Tarifas sobre o aço e alumínio

As tarifas de 25% sobre aço e alumínio, impostas por Donald Trump em 12 de março, continuam em vigor e seguem exercendo pressão sobre as cadeias globais de produção. Esses metais são insumos essenciais para diversos setores — da indústria automobilística à tecnologia de ponta —, e o aumento de seus custos tem comprimido as margens das empresas, dificultado a logística e ampliado as disrupções no fornecimento. Em um cenário global já fragilizado, essas tarifas agravam ainda mais os desafios enfrentados por fabricantes em todo o mundo. A postura inflexível de Trump em relação aos metais mantém as tensões comerciais elevadas e prolonga o clima de incerteza nos mercados internacionais.

Tarifas sobre automóveis e autopeças

Embora ainda não estejam em vigor, as tarifas sobre produtos farmacêuticos já projetam uma sombra sobre o setor, gerando apreensão entre investidores e empresas. Nesta terça-feira, o presidente Donald Trump anunciou planos para impor tarifas significativas sobre medicamentos e insumos utilizados pela indústria farmacêutica. A reação do mercado foi imediata: as ações das principais farmacêuticas recuaram, intensificando a trajetória de queda que se iniciou com as tarifas iniciais de 10% e os subsequentes aumentos sobre produtos provenientes da Europa, Japão e China. A perspectiva de novas barreiras comerciais eleva o nível de incerteza global, ameaçando a fluidez das cadeias internacionais de suprimento de medicamentos. O impacto potencial vai além das empresas: coloca em risco a estabilidade da indústria farmacêutica e representa uma ameaça direta ao funcionamento dos sistemas de saúde em todo o mundo.

Tarifas farmacêuticas

Embora ainda não tenham sido oficialmente implementadas, as tarifas sobre produtos farmacêuticos já pairam no horizonte e preocupam o setor. Nesta terça-feira, o presidente Donald Trump anunciou a intenção de aplicar tarifas significativas sobre medicamentos e insumos da indústria farmacêutica. A resposta dos mercados foi imediata: as ações das principais fabricantes de remédios registraram queda, aprofundando uma tendência negativa iniciada com as tarifas iniciais de 10% e os aumentos aplicados sobre produtos vindos da Europa, Japão e China.

A possibilidade de novos entraves comerciais acende um sinal de alerta para as cadeias globais de fornecimento de medicamentos, colocando em risco não apenas a estabilidade da indústria farmacêutica, mas também a segurança dos sistemas de saúde ao redor do mundo.